Super-homem do atletismo encara recorde de provas: 'estarei muito debilitado no fim'


Sandro Viana larga nas eliminatórias dos 100 m rasos; ele foi quarto em sua bateria

Alexandre Sinato
Em Guadalajara (México)

Sandro Viana é especialista em uma prova, mas pediu para competir em quatro no Pan de Guadalajara. Para aumentar as chances de medalha do país, ele é o brasileiro que mais participará de mais disputas no atletismo. Assumiu a condição de “super-homem” e já sabe quais serão as consequências. “Estarei muito debilitado no final, muito mal. Vou precisar de férias e muito descanso.”
Aos 34 anos, Sandro tem como principal prova os 200 m rasos. No Pan, contudo, inscreveu-se também nos 100 m rasos (já eliminado) e nos revezamentos 4x100 m e 4x400 m. Da última segunda-feira até o próximo sábado, terá descanso apenas nesta terça, caso o desempenho seja bom nas três categorias que restam.
“Estou tentando ajudar o Brasil a ter o maior número possível de medalhas. A vaga dos 100 m tinha ficado aberta e me ofereci para correr, mas tive só dois dias de treino para ela. Agora vou me concentrar nas outras provas. Foi bom para tirar a tensão e conhecer detalhes da pista, conhecer o público”, avaliou Sandro.
Se Thiago Pereira abraçou oito provas em busca do recorde de ouros no Pan, Sandro Viana adotou a mesma estratégia do nadador. O objetivo, contudo, é contribuir para a meta traçada pelo atletismo brasileiro em Guadalajara: totalizar 20 medalhas. Até a última segunda-feira foram cinco (um ouro, duas pratas e dois bronzes).
O maior problema para Sandro será o revezamento 4x400 m. Como especialista nos 200 m, ele consegue se adaptar melhor nas provas de 100 m, focando mais a aceleração e a parte de força. A dificuldade para ele está em aumentar a resistência para suportar o ritmo dos 400 m em alto nível.
Por sorte, o revezamento 4x400 m será apenas na quinta-feira. E a final é a última prova de sexta e praticamente encerra o atletismo (depois restam apenas marcha atlética e maratona).
“O risco de lesão existe por ser final de temporada, mas estou acostumado a correr no mínimo três provas por campeonato. O recorde foram cinco, mas há muito tempo, em 2001. O maior problema está nos 400 m, que exigem mais resistência. Estarei acabado depois do revezamento e vou precisar de muito descanso para relaxar”, projetou.

Fonte: Uol Pan 2011

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