Pela primeira vez, comunidades pobres assistem concerto no Theatro Municipal do Rio
Flávia Villela
Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Theatro Muncipal, no centro do Rio, recebeu na manhã de hoje (16) um público bem diferente do habitual. Mais de 500 pessoas de 11 comunidades pobres da cidade, que receberam recentemente policiamento comunitário, assistiram pela primeira vez a um concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). A iniciativa foi patrocinada pela concessionária de energia elétrica Light, em parceria com a OSB.
Crianças, adolescentes, adultos e idosos da Ladeira dos Tabajaras, de Santa Marta, do Morro dos Cabritos, Morro do Cantagalo, da Cidade de Deus, Babilônia, do Chapéu Mangueira, do Jardim Batan, Morro da Formiga, Morro do Borel e Morro dos Macacos puderam desfrutar de uma apresentação eclética, com repertório que incluiu Villa-Lobos, Tom Jobim, Piazzola e Haydn, tocado exclusivamente por jovens estudantes de música da OSB Jovem.
Moradora do Cantagalo, zona sul do Rio, Clemilda Ribeiro, 58 anos, levou o neto Mateus, 5 anos, para assistir ao concerto. “É a primeira vez que a gente vem aqui. Estou achando tudo lindo. Estou adorando”.
Verônica Medina, 32 anos, levou ao teatro as duas filhas e mais quatro crianças da comunidade Chapéu-Mangueira, no Leme, na zona sul carioca. A filha mais nova, Lorena, 5 anos, acabou dormindo, embalada pela música de Tom Jobim, Luiza, mas a mãe assistiu ao concerto até o fim. “Amamos. Foi muito bom. Queremos vir mais vezes,” disse Verônica, ao fim do concerto, que terminou com Festa do Sertão de Villa-Lobos, quando a orquestra foi aplaudida de pé durante alguns minutos.
O maestro Mateus Araújo, que regeu o concerto, disse esperar que aqueles que nunca haviam visto a apresentação de orquestra tomem gosto pela música clássica tocada ao vivo. “Tenho esperança de que as pessoas que nunca haviam estado em um teatro ou nunca haviam ouvido uma orquestra ao vivo possam reconhecer essa música como parte delas.”
Além do concerto, os visitantes puderam conhecer as suntuosas dependências do primeiro teatro do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, construído em 1904. “É tudo coberto de ouro, cheio de desenhos. Parece um palácio. Até o banheiro é chique”, disse Marilene Silva, 12 anos, moradora do Morro dos Macacos, na Tijuca.
Edição: João Carlos Rodrigues
Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Theatro Muncipal, no centro do Rio, recebeu na manhã de hoje (16) um público bem diferente do habitual. Mais de 500 pessoas de 11 comunidades pobres da cidade, que receberam recentemente policiamento comunitário, assistiram pela primeira vez a um concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). A iniciativa foi patrocinada pela concessionária de energia elétrica Light, em parceria com a OSB.
Crianças, adolescentes, adultos e idosos da Ladeira dos Tabajaras, de Santa Marta, do Morro dos Cabritos, Morro do Cantagalo, da Cidade de Deus, Babilônia, do Chapéu Mangueira, do Jardim Batan, Morro da Formiga, Morro do Borel e Morro dos Macacos puderam desfrutar de uma apresentação eclética, com repertório que incluiu Villa-Lobos, Tom Jobim, Piazzola e Haydn, tocado exclusivamente por jovens estudantes de música da OSB Jovem.
Moradora do Cantagalo, zona sul do Rio, Clemilda Ribeiro, 58 anos, levou o neto Mateus, 5 anos, para assistir ao concerto. “É a primeira vez que a gente vem aqui. Estou achando tudo lindo. Estou adorando”.
Verônica Medina, 32 anos, levou ao teatro as duas filhas e mais quatro crianças da comunidade Chapéu-Mangueira, no Leme, na zona sul carioca. A filha mais nova, Lorena, 5 anos, acabou dormindo, embalada pela música de Tom Jobim, Luiza, mas a mãe assistiu ao concerto até o fim. “Amamos. Foi muito bom. Queremos vir mais vezes,” disse Verônica, ao fim do concerto, que terminou com Festa do Sertão de Villa-Lobos, quando a orquestra foi aplaudida de pé durante alguns minutos.
O maestro Mateus Araújo, que regeu o concerto, disse esperar que aqueles que nunca haviam visto a apresentação de orquestra tomem gosto pela música clássica tocada ao vivo. “Tenho esperança de que as pessoas que nunca haviam estado em um teatro ou nunca haviam ouvido uma orquestra ao vivo possam reconhecer essa música como parte delas.”
Além do concerto, os visitantes puderam conhecer as suntuosas dependências do primeiro teatro do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, construído em 1904. “É tudo coberto de ouro, cheio de desenhos. Parece um palácio. Até o banheiro é chique”, disse Marilene Silva, 12 anos, moradora do Morro dos Macacos, na Tijuca.
Edição: João Carlos Rodrigues