Senador Eduardo Suplicy defende Comissão da Verdade
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse há pouco que a Comissão da Verdade, aprovada pela Câmara e em fase de análise pelo Senado, deve “cicatrizar feridas, resgatar memórias e promover a reconciliação das partes envolvidas”.
Para o senador, a ditadura brasileira ainda esconde fatos. “O Brasil era o único país da América do Sul que teve um o passado recente de ditadura e que não tinha ainda constituído uma comissão da verdade. É uma lacuna que precisava ser preenchida, pois ainda há verdades ocultas, histórias não contadas, corpos escondidos que precisam ser revelados”, disse.
Segundo Suplicy, o colegiado não deverá julgar os casos de violação de direitos humanos durante a ditadura. “O principal objetivo da comissão é reconhecer a dor das vítimas e das famílias, além de esclarecer fatos históricos, principalmente com o intuito de evitar que eventos como esse voltem a ocorrer neste País”, afirmou.
A declaração foi feita durante a abertura da segunda parte do 5º Seminário Latino-Americano de Anistia e Direitos Humanos. O evento, proposto deputada Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) e pelo deputado Luiz Couto (PT-PB), debate o cumprimento das leis de anistia pelo Brasil e o “resgate da memória e da verdade”.
Vários palestrantes ainda devem falar hoje, entre eles o relator da proposta da Comissão da Verdade na Câmara, deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), e o advogado de ex-presos políticos do Rio de Janeiro, Antônio Modesto da Silveira. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, foi convidada ao seminário, mas não pôde comparecer.
O evento é promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias e prossegue no auditório Nereu Ramos.
Agência Câmara de Notícias